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terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

SALARIOS MAIORES? SOMENTE COM IMPOSTOS MENORES.

Ola
Mais uma vez, acabo escrevendo sobre aumentos e impostos. Baixos salários no Brasil representam, cada vez mais, baixo nível de vida e de sustentação de famílias. Concordo que deve haver uma política de aumentos graduais de salários, pois, nos últimos anos, estamos vendo uma escassez de mão de obra menos qualificada que prejudica vários setores da nossa economia. Essa mão de obra descobriu que, se mantendo na marginalidade de serviços, acaba ganhando muito mais e deixando de pagar impostos, em sua maioria, inúteis. E a festa de gastos incontroláveis continua e sem ninguém para fechar a torneira. Varios estados estão cedendo a pressões de aumentos nos 15% para os mínimos estaduais, gerando, assim, uma perda de competitividade produtiva. No RS, isso já é visível com a perda de lucratividade das industrias existentes. Será que esses empresários pensam em investirem em maior produção? Ou investirem em melhoramentos e atualização de seus parques industriais? Por qual motivo fariam isso se, em contra partida, os Sindicatos continuam a fazer o que bem entendem com salários? (nada contra sindicatos, repito). Saída? Claro que tem, e varias. Uma delas e quase sendo a principal, revisão dos impostos que as empresas pagam sobre seus funcionários. Uma carga de quase 90% e, dependendo do caso, podendo chegar a 110%, é justa e atrativa para aumento de produção? Isso impacta diretamente em custo final e, automaticamente, em preços de produtos e serviços. Custo Brasil, 39%, é justo? Isso se torna hilário, pois temos que calcular a ineficiência de governos em gerir seus gastos e, automaticamente, culpando empresários por isso. Ineficiência em cobrança de impostos gera mais impostos, que gera maior carga tributaria. Muito mais fácil ainda seria menor carga tributaria sobre funcionários. Garanto que nenhum empresário se negaria a dar aumentos a seus colaboradores. Hoje, cada real de aumento gera o mesmo em impostos. Assim, impossível rever nosso quadro de sucateamento industrial e defasagem de tecnologia de produção e de serviços.
Ate mais

domingo, 12 de fevereiro de 2012

AUMENTOS, INFLAÇÃO E CONTAS QUE NÃO FECHAM

Ola.
Existem contas que, por mais que eu tente, nunca consigo fechar. Queria que alguém me explicasse (por mais que minhas aulas de economia não estejam tão longe) como podemos ter uma inflação de 6,5% se, apenas em janeiro, teremos que onerar nossos custos com funcionários em 15%? Dirão: Mas isso não é o custo final de produtos ou serviços. Respondo: não é o final, mas representa no final, algo como 6%. Porque existe um salário mínimo nacional que todos sabemos existir, apenas, para aposentados? Todos nós  pagamos INSS sobre nossos salários e não sobre o salário mínimo. Fico impressionado com o poder dos sindicatos que conseguem junto aos sindicatos patronais, quantias absurdas de aumento real (falando sobre a inflação divulgada) e não entendem que isso pode ser um tiro no pé. Dou um exemplo claro. SINDASEIO conseguiu, por 2 anos seguidos, 15% de reajuste sobre os salários básicos. Quem recebeu isso em seus salários, se não ganhava o básico? Ainda existem os salários básicos regionais ou estaduais, que, também, se reajustaram muito acima da inflação. Imagino que um governo estadual saiba mensurar as conseqüências em liberarem aumentos assim. Isso impacta, também, em seus contratos. Porem imagino que esses contratos não tenham problemas para reajuste. E seus  funcionários? É só abrirmos os jornais que veremos (como tem acontecido) funcionários estaduais em estado de greve por melhores reajustes. Ou seja, para aumento de arrecadação, aumento de 15%, para gastos, aumento de 7%. Retornando ao SINDASEIO, o que 15% irá impactar nos contratos existente? E nos contratos em negociação? Sei de muitas empresas tomadoras de serviços que se negam a pagar o aumento estipulado pelos sindicatos. De quem é a responsabilidade por demissões e destrato? E ainda existem empresas que se apegam a uma antiga linha que dizia ser ótimo um contrato com empresas que dão fachada. Mas chega o final de mês e os salários tem que ser pagos. Ou seu funcionário pode esperar para receber um aumento quando houver caixa disponível? Novamente. Inflação de 6,5%? Alguém acredita nisso? Se acreditar, reveja suas contas e seus custos. Algo esta errado. E, parabéns aos sindicatos. Trabalham muito bem.
Ate mais.